O Orquestra Jovem SESI, ganha um novo espaço para aulas, estudos e ensaios. 

No Centro Cultural SESI Casa Branca, a Orquestra conta com estrutura especialmente construída para um melhor rendimento dos estudantes, com salas amplas, preparadas acusticamente, em um ambiente acolher e inspirador.

As salas recebem nomes de ícones da música brasileira, fonte de inspiração para nossos alunos e alunas. 

O antigo e o novo. Escada original da Casa Branca dar acesso a Orquestra.

Sala de ensaios, que faz homenagem ao Maestro Ricardo Castro

Corredor de acesso as salas

Sala em homenagem a Guiomar Novaes, ao todo são nove homenageados.

A Orquestra Jovem SESI foi criada em setembro de 2011, com a proposta de formar uma Orquestra Sinfônica e Coral infanto-juvenil do Serviço Social da Indústria - SESI Bahia em parceria com a NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia).

Desde a sua criação já foram realizadas mais de 200 apresentações com aproximadamente 30 mil expectadores. Essa parceria é pioneira e, com certeza, um grande diferencial da escola, pois os participantes desenvolvem o respeito ao outro, autodisciplina, paciência, sensibilidade, concentração, capacidade de pensar coletivamente, importância do estudo e respeito às diferenças, habilidades e valores tão ricamente experiências durante as atividades. 

Para além da música que é tocada e encanta a muitos, existe um resultado que não é tão explícito: são as vidas transformadas, as comunidades, as famílias inundadas de música clássica e a oportunidade de conhecer e apreciar uma cultura que, até então, estava reservada para um grupo de privilegiados.

Conhecer a história da música, ter contato com autores clássicos eruditos não é negar a sua própria cultura, mas, enriquecê-la, dando oportunidade às crianças e jovens de escolha, ampliando suas alternativas e aprofundando conhecimentos.

Já passaram pela nossa Orquestra cerca de 1.500 alunos, hoje contamos com 115 meninos e meninas entre 11 e 17 anos e 20 monitores em 12 áreas.

A Orquestra possui fins educacionais. As apresentações acontecem em eventos próprios ou mediante solicitação ao SESI.

Ficha Técnica:

Coordenação:

SESI - Thais Regina das Virgens Sousa Santos

NEOJIBA - Darlan Gabriel Santana

Monitores:


Alessandra Lima Leão – Clarinete

Alana Rana Oliveira Dias – Trompete

Bruna Dantas de Souza – Violino

Camila Ceuta Ramos Silva - Canto Coral

Carlos Eduardo Alves da Conceição Filho – Sopros

Cassiane Santos de Souza – Violino

Eduarda Dalcom de Oliveira – Viola

Edwã Victor Ornellas Nogueira – Percussão

Eliel Reuel dos Santos Sena – Trombone (Regente)

Érica Pereira Sá – Percussão

Francisco Alves de Souza – Contrabaixo

Gleidiane Macedo Silva - Canto Coral

Ingride Nascimento Chagas – Violoncelo

Jeferson Souza dos Santos – Sopros

João Vitor dos Santos Azevedo – Violino

Kailane Oliveira do Carmo – Viola

Instrumentos:

Cordas

Violino

Viola

Violoncelo

Contrabaixo


Sopros Madeiras

Flauta transversal

Clarinete

Fagote

Oboé


Sopros Metais

Trombone

Trompete

Trompa

Tuba

Percussão

Tímpanos

Caixas Claras

SurdosAlfaia Pandeiro

Tamborim

Chocalho

Agogô

Bongo

Bumbo

Prato á 2 e suspenso

Congas

Castanhola

Clave

Reco-reco

Xilofone

Metalofone

Triangulo

Pau de chuva

Meia Lua

Caxixe

Alguns alunos da Orquestra Jovem SESI que seguiram carreira na música

João Vitor Melo: começou no SESI e hoje está estudando música Estados Unidos.

Bruna Cavalcante: está tocando na Juvenil, quando ainda era estudante de Itapagipe  participou de uma turnê na Europa e esse  ano viajou novamente comemorando os 15 anos do NEOJIBA .

Edwã Victor Ornelas Nogueira: foi nosso aluno, foi para turnê na Europa e hoje é um dos monitores de Percussão. Estuda percussão na UFBA, passou como chefe de naipe na Sinfônica de Sergipe.

Luis Guilherme Freitas está na juvenil e faz Bacharelado em fagote na UFBA.

João Gabriel está fazendo bacharelado em clarinete na UFBA.

Depoimento de João Melo, ex-aluno da Orquestra Jovem SESI

SESI VIDEO

Imagens da sede da Orquestra Jovem SESI

Homenageados

Ricardo Castro

Nascido em Vitória da Conquista, Bahia, Ricardo Castro é o criador e Diretor-Fundador do NEOJIBA – Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia. Estabeleceu-se na Europa em 1984, onde estudou piano com Maria Tipo e Dominique Merlet e regência com Arpad Gerecz. Premiado no Concurso da ARD de Munique em 1987 e Geza Anda de Zurique em 1988, tornou-se um pianista de renome internacional ao receber o primeiro lugar no Leeds International Piano Competition na Inglaterra, em 1993.

Ricardo Castro começou a tocar piano aos três anos de idade e iniciou seus estudos musicais aos cinco com Esther Cardoso na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, uma admissão extraordinária dada sua tenra idade. Três anos depois fez sua estreia num recital solo e com 10 anos tocou como solista com a Orquestra Sinfônica da Univerdodade Federal da Bahia.

Seu percurso inclui apresentações nas mais prestigiadas salas de concerto do mundo como Concertgebouw de Amsterdam, Musikverein de Viena, Theatre de Champs Elysées de Paris e com renomadas orquestras, tais como a Gewandhaus Leipzig, BBC, London Symphony, English Chamber, a Filarmônica de Tóquio, a Tonhalle de Zurique, a Filarmônica de Varsóvia, a Suisse Romande e a OSESP. Hoje mantém uma atividade musical intensa e tem vários discos gravados para o selos BMG-Arte Nova e um duplo CD na Deutsche Grammophon.

Ricardo leciona desde 1992 na classe de mestrado da Haute École de Musique de Lausanne, Suíça e dedica-se com obstinação às atividades de integração e desenvolvimento social, criando oportunidades inéditas para jovens e crianças.

Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Juvenil da Bahia desde sua fundação em 2007, Ricardo Castro tornou-se em 2013 o primeiro brasileiro a receber o Honorary Memberships of the Royal Philharmonic Society, titulação iniciada em 1826 e concedida apenas 131 vezes em reconhecimento a importantes serviços prestados à Música. Foram celebrados entre outros grandes nomes da música Brahms, Wagner, Tchaikovsky, Stravinsky e Aaron Copland. 

Chiquinha Gonzaga

Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi uma pianista, maestrina e compositora carioca. Considerada uma das maiores influências da música popular brasileira, era neta de uma escrava liberta e foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.

Sua vida foi marcada pelo sucesso na música, o desafio à sociedade patriarcal do período regencial e à luta abolicionista.

A participação de Chiquinha Gonzaga no cenário artístico brasileiro foi fundamental para a definição da identidade musical do País no início do século XX.

Entre as obras mais conhecidas de Chiquinha Gonzaga está a marcha carnavalesca "Ó Abre Alas", composta em 1899.

Tom Jobim

Um dos artistas brasileiros que teve maior projeção no exterior, Tom Jobim foi um maestro, músico, cantor, pianista e compositor que, acima de tudo, gostava de enaltecer nas suas canções seu país e sua cidade natal, Rio de Janeiro.

Alguns consideram-no o maior gênio da música brasileira. Suas obras ajudaram a Música Popular Brasileira (MPB) a ficar conhecida no mundo, na década de 60. Um dos maiores compositores do século XX, Tom Jobim, junto com o poeta Vinícius de Moraes, é autor da música brasileira mais famosa da história, a “Garota de Ipanema”.

Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) foi o mais importante e reconhecido maestro brasileiro. Além de maestro, ele foi compositor e sua figura teve grande importância no período do modernismo no Brasil.

Seu talento foi essencial para trazer à tona aspectos de uma música brasileira, com foco na cultura popular e regional.

Nas palavras de Heitor:

"Quando procurei formar a minha cultura, guiado pelo meu próprio instinto e tirocínio, verifiquei que só poderia chegar a uma conclusão de saber consciente, pesquisando, estudando obras que, à primeira vista, nada tinham de musicais. Assim, o meu primeiro livro foi o mapa do Brasil. O Brasil que eu palmilhei, cidade por cidade, estado por estado, floresta por floresta, perscrutando a alma de uma terra."

Carlos Gomes

Carlos Gomes (1836-1896) foi um compositor brasileiro, autor da ópera O Guarani, inspirada no romance do escritor José de Alencar. Foi considerado o maior compositor lírico das Américas. Foi o segundo nome mais encenado no Teatro Alla Scala de Milão, atrás apenas de Giuseppe Verdi.

Antônio Carlos Gomes nasceu em Campinas, São Paulo, no dia 11 de julho de 1836. Filho de Manoel José Gomes, o “Maneco Músico”, e de Fabiana Maria Cardoso, desde cedo, “Tonico” (como era chamado) demonstrou interesse pela música.

Estudou com o pai e com 15 anos já compunha valsas, polcas e quadrilhas. Com 18 anos compôs a “Missa de São Sebastião”, dedicada ao pai. Com 21 anos compôs a modinha “Suspiro d’Alma”, com versos do poeta romântico português Almeida Garrett.

Pixinguinha

Alfredo da Rocha Vianna Filho ou Pixinguinha, nome que mistura o dialeto africano "Pizin Din" (menino bom), dado por uma prima, com "Bexiguinha", por ter contraído bexiga, foi um dos músicos mais importantes da fase inicial da Música Popular Brasileira (MPB). Com um domínio técnico e um dom de improvisação encontrados nos grandes músicos de jazz, é considerado o maior flautista brasileiro de todos os tempos, além de um irreverente arranjador e compositor. Entre suas composições de maior sucesso estão Carinhoso (1923), Lamento e Rosa. Neto de africanos, começou a tocar, primeiro cavaquinho, depois uma flautinha de folha, acompanhando o pai que tocava flauta. Aos 12 anos, compôs sua primeira obra, o choro Lata de Leite. Aos 13, gravou seus primeiros discos como componente do conjunto Choro Carioca: São João Debaixo D'Água, Nhonhô em Sarilho e Salve (A Princesa de Cristal). Aos 14, estreou como diretor de harmonia do rancho Paladinos Japoneses e passou a fazer parte do conjunto Trio Suburbano. Aos 15, já tocava profissionalmente em casas noturnas, cassinos, cabarés e teatros. Em 1917, gravou a primeira música de sua autoria, a Valsa Rosa, e, em 1918, o choro Sofres Porque Queres. Nessa época, desenvolveu um estilo próprio, que mesclava seu conhecimento teórico com sua origem musical africana e com as polcas, os maxixes e os tanguinhos. Aos 20 anos formou o conjunto Os Oito Batutas (flauta, viola, violão, piano, bandolim, cavaquinho, pandeiro e reco-reco). Além de ter sido pioneiro na divulgação da música brasileira no exterior, adaptando para a técnica dos instrumentos europeus a variedade rítmica produzida por frigideiras, tamborins, cuícas e gogôs, o grupo popularizou instrumentos afro-brasileiros, até então conhecidos apenas nos morros e terreiros de umbanda, e abriu novas possibilidades para os músicos populares. Na década de 1940, sem a mesma embocadura para o uso da flauta e com as mãos trêmulas devido à sua devoção ao uísque, Pixinguinha trocou a flauta pelo saxofone, formando uma dupla com o flautista Benedito Lacerda. Fez uma parceria famosa com Vinícius de Moraes, na trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, em 1962. 

Paulo Costa Lima

Paulo Costa Lima (26.9.1954) é compositor e educador (pleonasmo, de acordo com Ernst Widmer). Iniciou os estudos de música em 1969, na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia, com os professores Jamary Oliveira (composição e análise), Ernst Widmer (composição), Lindembergue Cardoso (composição) e Piero Bastianelli (violoncelo). Graduou-se em Composição pela University of Illinois at Champaign-Urbana (USA), em 1977, "with honors", onde também concluiu o Mestrado em Educação Musical, no ano seguinte, tendo trabalhado nesse período com os compositores Herbert Brün e Ben Johnston, e os educadores Richard Colwell e Charles Leonard. Doutor em Educação pela Universidade Federal da Bahia (1998) e em Artes pela Universidade de São Paulo (2000). Leciona Composição e Teoria da Música no nível de graduação e pós-graduação da Escola de Música, onde atua como professor desde 1979. 

Guiomar Novaes

Pianista brasileira de carreira internacional, Guiomar Novaes (São João da Boa Vista, 1894-São Paulo, 1979) é considerada uma das maiores instrumentistas do mundo, sendo especialmente reconhecida por suas interpretações de Chopin e Schumann.

Harold Charles Schonberg, crítico do New York Times e ganhador do Prêmio Pulitzer, escreveu sobre a pianista:

“Embora a carreira de Guiomar Novaes se estenda por mais de 50 anos e ela tenha sido reconhecida como uma das maiores entre todos os pianistas, ela nunca atingiu a popularidade de Horowitz ou Rubinstein. Parte de sua relativa anonimidade se deve a sua recusa em dar entrevistas.”

Em 1922, Guiomar participou da Semana de Arte Moderna em São Paulo e a partir de então passou a divulgar as obras de Villa-Lobos.

Ela recebeu vários prêmios e homenagens como a Ordem Nacional do Mérito do Brasil e o grau de Cavaleiro da Legião de Honra da França.

Vamos assistir a um vídeo com excertos de obras de Chopin e Villa-Lobos interpretadas por Guiomar Novaes no Concerto do Dia dos Recursos Humanos da ONU, em 1963:

Chopin: Prelúdios Op. 28: Dó maior; Lá menor; Sol maior; Mi menor; Lá maior; Lá bemol maior; Fá menor; Dó menor; Fá maior; e Ré menor | Villa-Lobos: Ginete do Pierrozinho (de Momo Precoce) e Polichinelo (de Prole do Bebê)

Orquestra Jovem SESI

Av. Caminho de Areia, Centro Cultural SESI Casa Branca, nº 1454. Caminho de Areia. Cidade Baixa - Salvador/BA